terça-feira, 25 de junho de 2013

Planalto rebate OAB e diz não ter 'decisão' sobre assembleia constituinte

Planalto rebate OAB e diz não ter 'decisão' sobre assembleia constituinte

Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil havia dito que Dilma havia recuado da ideia de convocar um plebiscito para uma constituinte

Dilma anunciou proposta de plebiscito para convocar assembleia constituinte que discutiria reforma política Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABrA Presidência da República rebateu as afirmações do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos Vinícius Furtado, de que havia recuado da proposta de criação de uma assembleia constituinte. O tema vem sendo criticado por juristas, que afirmam que não é possível convocar uma constituinte parcial.
"A presidenta ouviu a proposta da OAB, considerou-a uma importante contribuição, mas não houve qualquer decisão. O governo continuará ouvindo outras propostas de reforma política que lhe forem apresentadas", diz um trecho da nota.

Mais cedo, Furtado havia declarado justamente o contrário. "A presidente se sensibilizou com a nossa pregação e autorizou que fosse comunicado (...) que o governo sai convencido de que convocar constituinte não é adequado, porque atrasa o processo de reforma política, porque fazer um plebiscito para convocar uma constituinte vai atrasar a aprovação da reforma política", afirmou Furtado na ocasião.


Dilma anuncia 5 pactos e propõe plebiscito da reforma política, confira:


Na avaliação de Furtado, não é possível tecnicamente convocar uma constituinte parcial. Em contrapartida, a OAB sugere um projeto de lei de iniciativa popular. Entre as propostas estão o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas, limite para doação de pessoa física para partidos e eleição para o Legislativo em dois turnos.

O ministro da Justiça afirmou também que a possibilidade de assembleia constituinte é "apenas uma das teses" possíveis, mas que o governo não tomou a decisão de como será feita a reforma política.


Mapa do protestos das tarifas



Ranking das tarifas de ônibus no País<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm">veja o infográfico</a>


Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Manifestantes bloqueiam avenida na zona sul de São Paulo

Manifestantes bloqueiam avenida na zona sul de São PauloManifestantes realizam protesto no largo do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, nesta terça-feira (25)

Os dois grupos se encontraram por volta das 8h40 de hoje. A manifestação é organizada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), pelo Movimento Periferia Ativa e pela Frente de Resistência Urbana. Ainda segundo a PM, um outro protesto, organizada pelas mesmas entidades, saiu do metrô Guianazes, na zona leste, e reúne cerca de 30 pessoas.
De acordo com Guilherme Boulos, integrante da coordenação nacional do MTST, estas manifestações estão ocorrendo na periferia da capital porque estavam se juntando a protestos feitos em outras partes da cidade "grupos que vinham defendendo pautas conservadoras", como a redução da maioridade penal. "Achamos o morador da periferia é o principal interessado nas demandas trazidas nas ultimas manifestações", afirmou.

Cerca de 300 manifestantes de movimentos sociais bloquearam a avenida Carlos Cadeira Filho, na zona sul São Paulo, sentido bairro centro, por volta das 9h desta terça-feira (25). O grupo é composto por dois protestos: um deles começou em frente ao metro Capão Redondo, e o outro no terminal Campo Limpo – ambos na zona sul. Entre as principais reivindicações do grupo estão a tarifa zero no transporte público, saúde e educação no "padrão Fifa", fim da violência policial e mais alternativas de moradia.

PM compra canhão d'água para conter distúrbios durante manifestações no Rio

PM compra canhão d'água para conter distúrbios durante manifestações no RioO brucutu, apelido dado ao veículo durante a ditadura militar, chegou ao quartel do Batalhão de Choque sob escolta


PM compra canhão d'água para conter distúrbios durante manifestações no Rio


O brucutu, apelido dado ao veículo durante a ditadura militar, chegou ao quartel do Batalhão de Choque sob escolta
  • O brucutu, apelido dado ao veículo durante a ditadura militar, chegou ao quartel do Batalhão de Choque sob escolta
A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou nesta terça-feira (25) a aquisição de um canhão d'água, equipamento conhecido como "brucutu", para reforçar a atuação do BPChoque (Batalhão de Choque) no controle de distúrbios civis. A tropa tem sido frequentemente acionada em face da recente onda de manifestações pela cidade.

Mapa dos protestos

  • Clique no mapa e veja onde aconteceram os principais protestos no Brasi até agora
O equipamento consiste em uma espécie de caminhão-pipa, dotado de um propulsor de água que emite jatos com forte pressão. O canhão tem sido constantemente utilizado pela polícia turca nos protestos contra o o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, que ocorrem desde o dia 31 de maio.

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MP quer fim de gás e balas de borracha em manifestações no CEO MP-CE (Ministério

MP quer fim de gás e balas de borracha em manifestações no CEO MP-CE (Ministério Público do Ceará) enviou recomendação à Polícia Militar, nesta terça-feira (25), solicitando que não sejam mais utilizadas mais bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra manifestantes em protestos em Fortaleza e no interior do Estado.Reprodução/Instagram

Governo cogita recuar de convocar Constituinte, diz ministro da Justiça

Governo cogita recuar de convocar Constituinte, diz ministro da JustiçaDilma Rousseff participou de reunião com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasi), Marcus Vinicius Furtado Coelho

Dilma Rousseff participou de reunião com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasi), Marcus Vinicius Furtado Coelho
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira (25) que o governo cogita recuar do plebiscito para convocar uma Assembleia Constituinte para debater a reforma política no país.
O governo, porém, ainda se mostra favorável a fazer um plebiscito, mas para ouvir que pontos a população quer que sejam alterados no sistema político.
Cardozo esclareceu, após reunião com integrantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente, Michel Temer, que o governo ainda estuda as possibilidades de incluir a participação popular na discussão. A decisão de fazer um plebiscito cabe ao Congresso. O governo apenas apresentaria a sua proposta sobre a questão para análise dos parlamentares.

Justiceiros ou criminosos? Hackers usam redes sociais para expor a vida de políticos envolvidos em polêmicas

Justiceiros ou criminosos? Hackers usam redes sociais para expor a vida de políticos envolvidos em polêmicas

Desde o início do ano, internautas têm vasculhado a vida dos políticos brasileiros envolvidos em polêmicas e divulgado dados pessoais deles na internet. Pelo menos dez pessoas foram alvo dos supostos hackers este ano. O R7 reuniu esses casos, confira a seguirDados como telefones celulares e endereços de pelo menos dez homens públicos de destaque foram divulgados na internet desde o início deste anoDesde o início do ano, internautas têm vasculhado a vida dos políticos brasileiros envolvidos em polêmicas e divulgado dados pessoais deles na internet. Pelo menos dez pessoas foram alvo dos supostos hackers este ano. O R7 reuniu esses casos, confira a seguir

Serra defende que o ciclo de desenvolvimento econômico do País acabou

Serra defende que o ciclo de desenvolvimento econômico do País acabou

Para ex-governador de São Paulo, atual período começou com Plano Real, de FHC
O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou que o atual ciclo de desenvolvimento econômico brasileiro acabou. Para ele, esse momento que se encerra teve início com o lançamento do Plano Real, no início dos anos 1990, que foi capitaneado pelo seu correligionário, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
— Acabou o ciclo no Brasil. Não é um juízo de valor, é uma constatação.
A afirmação foi feita durante participação no programa Roda Viva, na TV Cultura, na noite desta segunda-feira (24).
— Tem que fazer outro [ciclo], esse acabou.
Apesar de defender que o ciclo tenha se encerrado, ele disse não achar impossível que a presidente Dilma Rousseff (PT) possa ser reeleita em 2014.
— A tradução disso na política não é mecânica. Não acho impossível que se reeleja. Estamos analisando com os dados de hoje.

Brasil está estimulando uma "primavera latino-americana", dizem analistas

Brasil está estimulando uma "primavera latino-americana", dizem analistas

"Estamos perto de um 'efeito dominó' e do caso de indignação coletiva parecido com o ocorrido em países da UE e do Mundo Árabe" defende o analista colombiano Fernando Giraldo
Os protestos no Brasil estão gerando uma espécie de "primavera" da América Latina, região que sofre com a desigualdade, é afetada por diversos conflitos e cujos cidadãos inconformados interagem através das redes sociais, estimam analistas consultados pela Agência Efe.
Sexta maior economia do planeta, o Brasil é palco de manifestações que obrigaram a presidente Dilma Rousseff a reconhecer o valor da "voz das ruas" e a convidar alguns líderes do protesto a um diálogo para discutir um plano nacional que propôs em resposta ao descontentamento popular.
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Embora os protestos tenham começado em São Paulo para rejeitar a alta do transporte público, os manifestantes denunciam também a corrupção e pedem maior investimento em saúde e educação, em vez de utilizar os recursos públicos em megaeventos.
"O que ocorre no Brasil está despertando um sentimento latino-americano de reivindicações pela igualdade social, a luta contra a pobreza e maiores espaços de participação política, e pode se estender ao resto do continente através das redes sociais", disse à Agência Efe o analista colombiano Juan Alberto Pineda, professor universitário de comércio internacional e direito constitucional.

Há mais de 15 anos reforma política se arrasta no Congresso

Há mais de 15 anos reforma política se arrasta no Congresso

Texto ainda não foi apreciado por falta de acordo entre líderes de partidos
Enquanto a presidente Dilma Rousseff apresenta proposta para que um plebiscito leve à sociedade a possibilidade de decidir sobre a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva para tratar da reforma política, um projeto sobre o assunto está pronto para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados desde o ano passado.
O relator da matéria, deputado Henrique Fontana (PT-RS), não perdeu ainda a esperança de ver seu relatório ser analisado pelos demais deputados. Segundo Fontana, o texto chegou “à porta do plenário”, mas não foi apreciado por falta de um acordo entre os líderes partidários.
Agora, diante das manifestações populares que vêm pedindo mudanças na política do País, o deputado acredita que a reforma política possa ser enfim votada pelo Congresso.
— Apoio esta proposta que a presidenta lançou hoje, de uma Constituinte para votar a reforma política. Mas isso não impede que o Congresso resgate o meu projeto e vote em regime de urgência.

Sargento da PM é atingido com barra de ferro durante protesto em Brasília e fica afastado do trabalho por dez dias

Sargento da PM é atingido com barra de ferro durante protesto em Brasília e fica afastado do trabalho por dez dias

Ele sofreu lesões abaixo do joelho e diz que, por pouco, não teve uma fratura grave
O sargento Ricardo Gonçalves, do 6º BPM (Batalhão de Polícia Militar), foi atingido com uma barra de ferro durante o protesto dos rodoviários na noite desta segunda-feira (24) e recebeu um atestado médico de dez dias em função dos ferimentos.  
Ele disse que um manifestante o acertou com um golpe pouco abaixo do joelho e saiu correndo. A lesão é considerada grave e por pouco não provocou uma fratura na perna.   Gonçalves faz parte do GTOP (Grupamento Tático Operacional) da corporação.
A agressão aconteceu no momento em que a multidão se juntou e começou a atear fogo e depredar vários ônibus que estavam na Rodoviária do Plano Piloto, área central de Brasília, em função de uma paralisação dos motoristas e cobradores que pedem garantias de emprego com a chegada do novo sistema de transporte público na capital federal.  
No momento da confusão, que aconteceu na plataforma "A" da rodoviária, muitas pedras eram arremessadas pelos manifestantes contra os militares, que tentavam se defender. Pouco depois, o sargento sentiu uma "pancada forte" na perna e percebeu, de imediato, a gravidade da lesão. 

Dilma reúne STF, Senado e OAB para discutir proposta de convocação de plebiscito

Dilma reúne STF, Senado e OAB para discutir proposta de convocação de plebiscito

Presidente também tem reuniões marcadas com representantes de movimentos urban Pelo segundo dia consecutivo, a presidente Dilma Rousseff tem uma série de reuniões nesta terça-feira (25) com o objetivo de discutir soluções para encerrar a onda de manifestações no País.
Dilma marcou conversas ao longo do dia com os presidentes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinicius Furtado Coelho, do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Em debate, a proposta de convocação de um plebiscito para instalar uma Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política.

A superação é a arte de transformar as dores em aprendizados.

  O sucesso não está na perfeição, mas na habilidade de superar os desafios com coragem.