Elas convenciam os prefeitos a aplicar o dinheiro dos fundos de pensão.
Dinheiro era aplicado em investimentos criados para dar prejuízo.
Neste mês o Brasil ficou conhecendo um golpe aplicado em fundos de pensão de prefeitura. Ao todo, 22 pessoas foram presas. Segundo a Polícia Federal foram desviados R$ 50 milhões.
Para que todo o esquema funcionasse, segundo a polícia, quatro mulheres eram fundamentais. Chamadas de pastinhas, eram elas que convenciam os prefeitos a aplicar o dinheiro dos fundos. A reportagem é de Vladimir Neto e Denise Lacerda.
O grupo tinha uma vida de luxo: carros esporte, lanchas. Segundo a Polícia Federal, a quadrilha montava empresas de fachada para lavar dinheiro e teria movimentado cerca de R$ 300 milhões em um ano e meio.
Em um telefonema gravado com autorização da Justiça, um dos supostos chefes da quadrilha, o doleiro Fayed Treboulsi, conversa sobre a compra de um helicóptero. “Ele está pedindo US$ 2,4 milhões. É ano 2009”, afirma.
Em outro, o assunto é uma lancha de luxo. “Já conversei com a diretoria, dá para chegar em um desconto legal, dá para chegar em US$ 1,8 milhão”, diz.
Segundo a Polícia Federal, outro braço da quadrilha desviava dinheiro de fundos de pensão municipais. Para isso, usava mulheres bonitas para aliciar prefeitos e convencê-los a aplicar o dinheiro de fundos em investimentos criados para dar prejuízo. Em troca, os prefeitos receberiam propina.
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