terça-feira, 18 de junho de 2013

'Está difícil de entender', diz Gilberto Carvalho sobre manifestações

'Está difícil de entender', diz Gilberto Carvalho sobre manifestações

Para ministro, é 'pretensão' dizer que já compreende os protestos pelo país.
Ele disse que se fechar para as reivindicações é ir na contramão da História.

Ministro Carvalho participa de sessão na Comissão Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle  (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado )
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou nesta terça-feira (18) que busca compreender os protestos organizados pelo país na segunda e que, no momento, ainda não tem uma "resposta". Carvalho participou de uma sessão da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado.
"De fato, está difícil entender. Nós somos acostumados com mobilização com carro de som, com organização, com gente com quem negociar e liderança com quem negociar e poder fazer um tipo de acordo. Agora eles mesmo dizem 'nós não temos uma liderança, são múltiplas lideranças, nós não temos carro de som'. Não tem um comando, um comando único, e portanto se  torna extremamente complexo o proceso de compreensão ,de entendimento e de multiplicidade das manifestações internas", afirmou o ministro.

OLHA O PARA

Pará
Uma manifestação por melhores condições de vida em Belém, capital do estado, reuniu mais de 13 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. A multidão entoava a uma só voz os gritos de protesto: "Vem pra rua!"; "A rua é nossa"; "Sem vandalismo".
A passeata avançou pela avenida Almirante Barroso até o Entroncamento pacificamente e terminou no trevo que dá acesso aos balneários do distrito de Belém e também à rodovia BR-316, única via de entrada e saída da capital.
Entre as bandeiras erguidas estavam as de feministas, estudantes, movimento LGBT, grupos de skatistas e pessoas que pediam mais segurança para pedalar nas ruas da cidade. Na pauta, críticas à construção da Usina de Belo Monte, aos gastos em obras para a Copa do Mundo, repúdio à Proposta de Emenda Constitucional 37, gritos contra a homofobia e o Estatuto do Nascituro

NO PARANA

Paraná
Em Curitiba, cerca de 10 mil pessoas participaram de um protesto que saiu da Boca Maldita, nesta segunda-feira (17). O número foi informado pela Polícia Militar.
O grupo reivindica, entre outras coisas, a redução da tarifa de ônibus na cidade. Eles pedem que o valor seja reduzido dos atuais R$ 2,85 para R$ 2,60 de segunda a sábado e de R$ 1,50 para R$ 1 aos domingos.
A manifestação partiu da Boca Maldita em direção à Praça Santos Andrade, onde ficam o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Teatro Guaíra. O ato foi pacífico no início, mas terminou com um pequeno grupo em confronto com a polícia

EM MINAS GERAIS

Minas Gerais
Em Belo Horizonte, o protesto teve confronto entre PMs e manifestantes. Mais de 20 mil pessoas foram às ruas numa manifestação que começou na Praça Sete, no Centro da cidade, e seguiu a pé até as imediações do Mineirão, em um trajeto de cerca de 10 quilômetros.
Os confrontos começaram próximo ao campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Duas pessoas firam feridas, mas sem gravidade. Uma delas caiu de um viaduto. Próximo à universidade, a polícia fez uma barreira para impedir o protesto de seguir até o Mineirão, onde o jogo entre Taiti e Nigéria ocorria pela Copa das Confederações.
A Polícia Militar afirmou que os manifestantes jogaram pedras contra a força policial. A Tropa de Choque reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha

BAHIA MAIS MANIFESTAÇÃO

Bahia
Em Salvador, a estimativa da Polícia Militar é que mais de 4 mil pessoas tenham ido às ruas em apoio aos protestos pelo país que exigem a redução das tarifas.
A manifestação começou por volta das 16h, e permaneceu pacífica, tendo ficado concentrada na Avenida ACM e na Avenida Paralela. O trânsito ficou bem complicado por volta das 19h

Manifestação em Alagoas

Alagoas
Maceió teve uma manifestação com ao menos 2 mil participantes, segundo a Polícia Militar. Eles protestavam contra o aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,30 para R$ 2,85.
Os ativistas bloquearam a Avenida Fernandes Lima, causando trânsito.
Um carro furou o bloqueio dos manifestantes e um tiro foi disparado contra a multidão, atingindo um estudante no rosto. Os ativistas acusam o motorista de atirar. Durante o protesto, o automóvel foi cercado pelos manifestantes, que batiam contra seu 

Protestos pelo país reúnem mais de 250 mil pessoas

Protestos pelo país reúnem mais de 250 mil pessoas

Reivindicações vão de preço do transporte público a custos da Copa.
Poucas cidades registraram confrontos com a polícia e vandalismo.   

Mais de 250 mil pessoas saíram às ruas nesta segunda-feira (17) pelo país para protestar contra o aumento das tarifas de transporte, a violência urbana, os custos da Copa do Mundo, a precariedade do serviço público, entre outras reivindicações. Manifestações aconteceram em 12 capitais e ao menos 16 cidades do interior.
A maioria foi pacífica. Mas, em algumas cidades, uma minoria radical causou vandalismo e protestos acabaram em confronto com a polícia. No Rio de Janeiro, manifestantes deixaram um rastro de destruição na Assembleia Legislativa (Alerj). Um vídeo registrou policiais encurralados e agredidos a pedras e chutes por um grupo. PMs também foram flagrados dando tiros de fuzil para o alto. Ao todo, 100 mil manifestantes foram às ruas no Rio.

A superação é a arte de transformar as dores em aprendizados.

  O sucesso não está na perfeição, mas na habilidade de superar os desafios com coragem.